terça-feira, 13 de setembro de 2011

Contact - Improvisation of Steve Paxton

Contact-Improvisation: o outro como reconhecimento de si. Em nosso trabalho, temos experimentado o Contact-Improvisation. Tendo o Body-Mind Centering como um de seus sustentáculos, esse sistema tem sido apreendido por companhias, escolas e grupos que possuem como integrantes pessoas categorizadas como portadoras de deficiência (Kalterbruner, 1998, p. 32). Em nosso grupo, especificamente, sua aplicação tem sido profícua, em virtude das caraterísticas abaixo descritas. O Contact-Improvisation, criado por Steve Paxton, é definido como um processo criativo que ocorre quando duas ou mais pessoas se movimentam com apoio mútuo e jogam com a mudança de equilíbrio coletivo. É influenciado por técnicas da dança moderna, por componentes de acrobacia etc., tem seus próprios princípios característicos de movimento. Como se destina à relação entre o esqueleto, a musculatura e os reflexos, o Contact-Improvisation também atenta para as interações do corpo perceptivo com o organismo corpo-mente. Por meio da experiência direta e da percepção da dança, podemos conhecer novos caminhos que nos coloquem em contato com nós mesmos e com o nosso ambiente. Isto é o que poderia ser chamado de aspecto contemplativo. O ponto principal desse sistema, conforme propõe Steve Paxton, é simplesmente o prazer de nos movimentarmos e o prazer de usar o nosso corpo. É o prazer de dançar com alguém de um modo não planejado e espontaneamente, em que cada pessoa está livre para inventar, uma não estorvando a outra. Esta é uma forma social muito prazerosa, no entender de Paxton (apud Kaltenbruner, 1998, p. 11). O significado do movimento no Contact-Improvisation é proposto a partir da análise do movimento de Cyntia J. Novack (1990), pautada nos conceitos de Rudolf Laban e Irmgard Bartenieff. A primeira autora sintetiza e organiza as qualidades do movimento valorizadas no Contact-Improvisation da seguinte forma: geração de movimento por meio de pontos mutáveis de contato entre os corpos; sensibilidade através de pele; rolar através do corpo, focalizando o segmento do corpo e movendo-se em diferentes direções simultaneamente; experimentar o movimento a partir do espaço interno; usar o espaço 360º; ir no impulso, enfatizando a fluência e o peso; inclusão tácita da audiência; informalidade consciente de apresentação, modelada sobre uma prática ou jam; o dançarino é apenas uma pessoa; deixa a dança acontecer; todos são igualmente importantes. O Contact-Improvisation baseia-se na sensação do toque e no equilíbrio entre duas pessoas. Os parceiros em dueto tocam muito um ao outro e, por meio do toque, a informação sobre o movimento de cada um é transmitida. O treinamento pauta-se em seis aspectos: 1. Atitude; 2. Senso do tempo; 3. Orientação do espaço; 4. Orientação do parceiro; 5. Expansão da visão periférica e, 6. Desenvolvimento muscular (Matheson, 1993). Albright (1997, p. 90) vai eleger o Contact-Improvisation para representar o corpo com deficiência, argumentando que esse método o faz com precisão e diferentemente, porque não tenta recrear a moldura estética do corpo clássico ou o contexto de dança tradicional.

2 comentários:

  1. Meninas as vezes no studio nave ou na sala crisantempo tem aulas abertas respectivamente com Liia Seixas ou com a Estela que vocês conheceram no Balangandança, fiquem atentas, seu eu sober vou avisa-las.ai vocês experimentam a técnica no corpo.

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  2. Este texto é construção de vocês, aqui ja são textos pro trabalho mesmo certo?

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