sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Construindo

O processo de construção de Contextura foi resultado de muitas reflexões do que foi estudado, mas principalmente foi uma ruptura, do tradicional e esperado para um novo: uma nova experiência, uma nova postura, em jeito diferente de fazer e de pensar a dança. A cada ensaio e apresentação surgem novas questões e possibilidades de pensar nossa dança. Como podemos articular melhor as cenas? Como estabelecer melhor nossas relações em cena? De que forma explorar mais o objeto cênico? Enfim, um fio que estamos puxando que não sabemos onde termina, pois cada pensamento gera outro e mais outros. As respostas vão surgindo e as inquietações também. Cada apresentação gera um ponto a ser discutido e por isso consideramos Contextura um processo individual e coletivo de reflexão da prática.
Forma foi o conceito mais aprofundado em nossos encontros por que exploramos os sentidos e significados dessa palavra constantemente. A forma do fazer, a forma de pensar, não fazer pela forma, a forma que nos movemos e a forma que interagimos e que nos relacionamos com o meio. Descobrimos uma forma fluida a partir da percepção no nosso corpo e das partes do corpo, dos nossos órgãos e estímulos internos  e externos. O estímulo não vinha mais da música, mas de dentro, e das nossas relações em cena, no instante de nossa dança. Percebemos o espaço, o meio em que estamos, transformamos e recriamos. No fazer artístico nos relacionamos com e dentro de nosso espaço modulado criando uma nova forma e expressão. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

c o n t e X t u r a

Atualização do andamento do TCC parte escrita

                        Introdução 
                      1. Balangandança Cia.
  1.1       Integrantes
  1.2      Criações
  1.3       Prêmios
2. Dança em Jogo
              2.1      Processo criativo
  2.2      Descrição de Espetáculo (tem uma da Taize, vamos incluir?)
3. Balangandança Cia. e a Educação 
  3.1      Ana Mae Barbosa
  3.2      Abordagem Triangular
           4. Balangandança Cia. e as Técnicas de Dança Contemporânea (construir texto)
  4.1       Abordagem Somática, suporte ao corpo que dança
    4.1.1       Coreologia
    4.1.2       A Técnica de Klauss Vianna
    4.1.3       Body Mind Centering (BMC)
  4.2      Improvisação, estretécida de CRI (AÇÃO) em dança
  4.3      Educação do Movimento
    4.3.1 Método Feldenkrais
     4.3.2 Ivaldo Bertazzo
5. Composição Coreográfica - ConteXtura
6. Conclusão
c o n t e X t u r a

ConteXtura - em construção...

Jogo de Movimentação +
Jogo dos Elásticos (sem elástico) +
Jogo da Velha... deu Velha, deu linha, deu Velha... "Olha, não é aí... Eu tô aqui..."
Sequência Incantantion +
Sequência X O +
Balançando no contratempo +
Jogo com os barbantes +

No way!
Rigth Now!
Wind
Brincante
O Livro de Eli - The Book of Eli
Divã
Uakti (um dia aprendo...)
Ai, que fome, que fome... pula pula pula elástico, pula Côco, pula Catira + estrelinhas...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Oficina Dança em Jogo - Processos Criativos com Georgia Lengos - Itaú Cultural - 26 de outubro

     Nesta tarde recebemos um presente especial: a participação na oficina sobre os processos de criação do espetáculo Dança em Jogo.
     Jogos, exercícios e bate papo compuseram a oficina. Lembranças da infância dos participantes também foram utilizadas como importantes elementos de composição ou movimentação cênica.
     A Geórgia nos fez lembrar da nossa pele, que é o maior órgão que possuímos. A pele não tem costura e é impermeável; é ela que impede que a chuva ou a água do chuveiro nos molhe por dentro, porém, ao mesmo tempo ela é porosa, suamos por ela. Através da pele sentimos o mundo, sentimos o outro. Na pele tem cor e nela sentimos o frio e o calor.
     E foi com a atenção voltada para a pele que iniciamos a oficina. Enquanto estávamos deitados, a Geórgia pediu para lembrarmos de todas as células existentes em nossa pele e nos levou a pensar que essas células estavam muito felizes. Daí iniciamos uma movimentação, sempre pensando na pele, nas células e na felicidade. Aumentando a intensão dos movimentos, passamos para o nível médio, até chegar ao nível alto.
     A partir desse ponto, foi explorada a interação entre os participantes, através da percepção da movimentação do outro, toques, indução de movimentos, composição de movimentação com o outro. Algumas vezes a Geógia dizia: - Pausa! E ficávamos como estátuas. Então tínhamos que dizer o que estávamos enxergando nas poses, em uma palavra. Muitos lembraram de brincadeiras como pula cela, outros viam equilíbrio ou aconchego. Com jogos como esse, chegamos até o momento em que pudemos lembrar de medo de altura e fixarmos em uma história vivenciada por uma das pessoas, que quando criança, brincava com amigos e parentes de andar no muro do vizinho. Um muro alto. O desafio era andar por todo o muro, equilibrando-se. O muro era cumprido e um dos amiguinhos sentou-se nele e com o intuito de concluir a travessia, esta participante da oficina tentou pular por cima do amiguinho, o que ocasionou a sua queda e o machucado. A Geórgia pediu que todos dançassem essa história, tentando evitar a representação ou mímica.
     Num outro momento foi proposto que os participantes se apresentassem em grupos pequenos mediante apreciação dos outros. Cenas lembrando gangorra, galinhas, patos, vacas, cercas, pega-pega surgiram num ambiente de muita descontração.
     Durante as conversas que aconteceram com todos sentados em círculo, foi possível entender um pouco mais sobre a Balangandança Cia. e sobre o espetáculo Dança em Jogo. Havia uma grande curiosidade quanto à improvisação, participação do público durante as apresentações, preparação dos bailarinos e ensaios. Também pudemos ouvir sobre o relacionamento existente entre os integrantes da companhia, já que o trabalho de improvisação do espetáculo requer um alto grau de entedimento mútuo.