quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Oficina Dança em Jogo - Processos Criativos com Georgia Lengos - Itaú Cultural - 26 de outubro

     Nesta tarde recebemos um presente especial: a participação na oficina sobre os processos de criação do espetáculo Dança em Jogo.
     Jogos, exercícios e bate papo compuseram a oficina. Lembranças da infância dos participantes também foram utilizadas como importantes elementos de composição ou movimentação cênica.
     A Geórgia nos fez lembrar da nossa pele, que é o maior órgão que possuímos. A pele não tem costura e é impermeável; é ela que impede que a chuva ou a água do chuveiro nos molhe por dentro, porém, ao mesmo tempo ela é porosa, suamos por ela. Através da pele sentimos o mundo, sentimos o outro. Na pele tem cor e nela sentimos o frio e o calor.
     E foi com a atenção voltada para a pele que iniciamos a oficina. Enquanto estávamos deitados, a Geórgia pediu para lembrarmos de todas as células existentes em nossa pele e nos levou a pensar que essas células estavam muito felizes. Daí iniciamos uma movimentação, sempre pensando na pele, nas células e na felicidade. Aumentando a intensão dos movimentos, passamos para o nível médio, até chegar ao nível alto.
     A partir desse ponto, foi explorada a interação entre os participantes, através da percepção da movimentação do outro, toques, indução de movimentos, composição de movimentação com o outro. Algumas vezes a Geógia dizia: - Pausa! E ficávamos como estátuas. Então tínhamos que dizer o que estávamos enxergando nas poses, em uma palavra. Muitos lembraram de brincadeiras como pula cela, outros viam equilíbrio ou aconchego. Com jogos como esse, chegamos até o momento em que pudemos lembrar de medo de altura e fixarmos em uma história vivenciada por uma das pessoas, que quando criança, brincava com amigos e parentes de andar no muro do vizinho. Um muro alto. O desafio era andar por todo o muro, equilibrando-se. O muro era cumprido e um dos amiguinhos sentou-se nele e com o intuito de concluir a travessia, esta participante da oficina tentou pular por cima do amiguinho, o que ocasionou a sua queda e o machucado. A Geórgia pediu que todos dançassem essa história, tentando evitar a representação ou mímica.
     Num outro momento foi proposto que os participantes se apresentassem em grupos pequenos mediante apreciação dos outros. Cenas lembrando gangorra, galinhas, patos, vacas, cercas, pega-pega surgiram num ambiente de muita descontração.
     Durante as conversas que aconteceram com todos sentados em círculo, foi possível entender um pouco mais sobre a Balangandança Cia. e sobre o espetáculo Dança em Jogo. Havia uma grande curiosidade quanto à improvisação, participação do público durante as apresentações, preparação dos bailarinos e ensaios. Também pudemos ouvir sobre o relacionamento existente entre os integrantes da companhia, já que o trabalho de improvisação do espetáculo requer um alto grau de entedimento mútuo.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Descrição do Espetáculo - Dança em Jogo em 9 de outubro - Sesc Bom Retiro

Descrição do Espetáculo

Cenário: Não há.

Figurino: Todos os bailarinos iniciam com roupas brancas. Camisetas, bermudas, calças e mini-saias. Calçam tênis e meias curtas. No decorrer da apresentação, pouco a pouco, os bailarinos vão inserindo cores em seus figurinos. De repente notamos que um dos bailarinos está vestindo uma camiseta azul. Depois de uns minutos vemos que uma bailarina trocou a saia branca por uma vermelha, ou por uma blusa laranja; assim sucessivamente, até que o figurino fique todo colorido e muito alegre. As roupas são confortáveis e comuns.

Músicas: Sons que permeiam o universo infantil são os que encontramos no “Dança em Jogo”. Sons de passarinhos, cantigas de roda, sons tirados de instrumentos como xilofone e até violão. Assobios, apitos, palmas e até mesmo sons de objetos caindo. O público também participa cantando.

Objetos Cênicos: Os bailarinos se utilizam de objetos como: caixas vazias, arcos ou bambolês, carrinhos feitos de caixa de papelão, skates, tubos coloridos, instrumentos musicais. De um lado do palco ficava uma pequena mesa de som, um microfone e alguns apitos que seriam usados pela operadora de som (Georgia Lengos). Do outro lado, havia um xilofone, um violão e um microfone num pedestal.

Descrição das Cenas: Na apresentação do dia nove de outubro, no Sesc Bom Retiro, o “Dança em Jogo” começou  com os bailarinos realizando movimentos que remetiam ao universo infantil, guiados pelos sons, colocados de improviso. Houveram saltos, giros, agachamentos, corridas. Todo o palco era usado pelos bailarinos, com muita energia. Duas bailarinas brincaram com as mãos, pareciam imitar borboletas ou passarinhos. Logo alguns bailarinos cruzavam o palco com bambolês e depois faziam várias movimentações com eles: passavam por dentro dos bambolês, rolavam eles pelo palco, brincavam com sua forma e quando haviam três bambolês no chão, brincaram de “Dentro e Fora” (brincadeira em que os participantes devem obedecer a comandos de “Dentro!” ou “Fora!”, procurando estar dentro ou fora de algum lugar ou objeto), pulando de bambolê para bambolê.
As cenas do “Dança em Jogo” são introduzidas como se fossem mescladas umas às outras. A troca de tema ou ambiente é realizada com sutileza.
Num outro momento, já com algumas roupas coloridas dando diferença à apresentação, um clima de suspense, um quase medo, foi trazido em cena. A Georgia falou que quando era criança tinha medo que seus brinquedos abrissem uma porta de um corredor da casa onde morou. Ela falou que isso não podia acontecer naquela época mas que hoje os brinquedos são tão motorizados que talvez até abram portas. Ela disse que tem medo de não ter amigos. Enquanto os bailarinos brincavam de dar sustos, do outro lado do palco, um dos integrantes tocava no violão uma música de suspense e fazia som de monstro no microfone.  Depois, um dos bailarinos ia para o microfone e dizia que o que dava medo mesmo era não ter amigos e que amigo era aquele que não deixava a gente ficar só e que ajudava a gente a sair da situação de medo. Durante os textos, haviam como que representações do que era falado, pelos bailarinos.
Mudando do ambiente de suspense para brincadeiras, os bailarinos jogaram Pega-pega e depois brincaram de uma espécie de hipnotismo que fazia o “hipnotizado” seguir os movimentos das mãos do “hipnotizador”. Com essa última brincadeira, os bailarinos foram para o público, brincando de hipnotizar crianças que eram levadas ao palco para se movimentarem. As crianças também hipnotizavam os bailarinos numa troca interessante e alegre. Muitas crianças, quase todas que estavam no teatro, foram levadas ao palco. Era perceptível a alegria das crianças em participar da apresentação. Seguindo a ordem dos hipnotizadores, os participantes faziam várias movimentações: rolavam, pulavam, corriam, paravam.
Depois das crianças voltarem às cadeiras, ou serem levadas, os bailarinos foram finalizando a apresentação do “Dança em Jogo” – fazendo movimentação de braços, bem no meio do palco. Nesse momento uniram as mãos e o espetáculo terminou.

Espetáculo Dança em Jogo Sesc Bom Retiro do dia 9 de outubro.

Domingo chuvoso.
Balagandança com o Dança em Jogo no Bom Retiro.
Na hora do Almoço.
Eu e meu filho entravamos no teatro enquanto os bailarinos se divertiam nos corrimões, nas escadas, rolavam no chão, sentavam nas poltronas e trocavam rapidamente de seus lugares até que o público acomodar-se. Georgia , que observava o público presente, olhava para os bailarinos com confiança, sorria e se preparava para mais uma apresentação indo para a beira do palco na mesa de operação do som. Eu, ansiosa, observava a casa que não estava tão cheia como de costume em outras montagens, pensava: o que será dessa improvisação de hoje? Como será que este público vai responder? O que terá de novo e que se repete em todos os espetáculos? Georgia dá o sinal do apito, é hora de começar e ai então começa o diálogo. A partir desse momento as relações fluem no palco, dentro e fora dele. O jogo cênico mistura dança, teatro, poesia, narrativa, música e a palavra. Palavra que informa, o olhar que diz e gestos que comunicam. Gestos e ricos movimentos espontâneos do universo infantil se misturam com técnica e expressão. A brincadeira vira coisa séria, vira dança num jogo de improviso que se transforma em cada instante. O público de fralda olha atento, cabecinhas grudadas na poltrona esperando brincar. E todo mundo entra, todas as crianças fizeram sua dança entrando na brincadeira. O jogo não para, a rica movimentação continua, transforma, dá forma e forma.
Taize Santana

sábado, 8 de outubro de 2011

"A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança"  
 Friedrich Nietzsche
"A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."                                        
Mário  Quintana





sábado, 1 de outubro de 2011

Programação do Sesc Bom Retiro com Balangandança em Outubro

Sempre aos domingos, 9, 12, 16, 23, 30 de outubro e 02 de novembro - sempre ao meio dia
Custa R$8,00 inteira
Matriculados Sesc R$4,00
Comerciários R$2,00


Endereço: Alameda Nothman, 185 - telefone: 3332-3600


Vamos combinar?